Editorial
Veio um, faltam dois
O trio de representantes gaúchos foi alvo constante de críticas ao longo dos últimos meses justamente pelo distanciamento que demonstram da população. Na Zona Sul, conforme ressaltou José Ricardo Castro em uma das colunas Espeto Corrido recentemente, a diferença é brutal entre as chegadas no período eleitoral e no período pós-eleitos. Na sexta-feira, a convite da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) e também para compromissos partidários, Hamilton Mourão (Republicanos), o mais recentemente eleito dos três, esteve por aqui.
Em Pelotas, Mourão ouviu uma série de demandas de uma região que se considera esquecida, mesmo sendo terra do governador eleito e de tantos outros políticos e lideranças. Até porque essa dor não é algo recente, vem de décadas de menos holofotes em relação a outras partes do Rio Grande do Sul. A gente corre, corre e corre mais um pouco para tentar alcançar isso. Se for calcular os quilômetros viajados pelas nossas lideranças para garantir a conclusão da duplicação da BR-116, por exemplo, dá para esperar pelo menos uma volta ao mundo.
Mas enfim, voltando ao senador. Mourão ouviu, por exemplo, a realidade dos nossos hospitais que correm risco real de fechamento de leitos (parêntese aberto para lembrar que, supostamente, amanhã representantes locais devem enfim encontrar a ministra da saúde para levar essa mesma pauta. Supostamente. O encontro já foi adiado mais de uma vez). Ouviu, também, os problemas trazidos pelo combo terrível que foi uma seca ser sucedida quase que imediatamente por chuvas com volumes históricos. De maneira bastante honesta, não fez promessas que não poderá cumprir, mas garantiu um olhar cuidadoso para situação e ofereceu a mão por lobby político em Brasília. Ótimo.
Agora, os outros dois senadores gaúchos também serão convidados. Espera-se que Luiz Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) aceitem o convite e venham aqui também. Com apoio dos três, muitas das pautas podem andar e alguns caminhos serão encurtados. Aliás, o trio pode considerar-se de casa já e vir mais vezes, sem precisar de convite. Já que conhecem o caminho, é bom aproveitar essa aproximação recente para conhecer um pouco mais da realidade vivida pela região, pelo nosso agro, Porto, indústrias, universidades, hospitais, comércio, enfim…
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